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9 de julho de 2013

TransPyr 2013 - Dia 4

Etapa 4 - El Pont de Suert/Ainsa

Acordar cedo já é um habito que já nem preciso de despertador, também como estamos a dormir em pavilhões, junto dos outros atletas, alguns deles acordam tão cedo e obrigam-nos a acordar também. Hoje acordei, e reparei que o João não estava lá. Ora bem, ele nem sequer dormiu lá! Ficou a escrever o relato dela na sala de imprensa e acabou por dormir nos sofás!! E eu no chão duro... 
Olhem só o pormenor do pequeno almoço do João!



A etapa de hoje prometia ser uma das melhores para quem gostasse de largar os travões e curtir com a bike. Mas vamos por partes. O inicio da etapa foi feito em asfalto, uma subida constante e num ritmo forte imposto pelas duplas da frente. Nós queríamos recuperar tempo para a segunda dupla, e reparamos que um atleta da dupla estava a ter dificuldades em acompanhar o ritmo e o João tomou a iniciativa de fazer um ataque, pronto íamos tão bem, pós me logo a ganir!


Esse ataque pouco nos rendeu, a dupla parecia que estava a ressuscitar! Ganhamos uns bons metros, mas pouco depois vinha uma descida e logo nos apanharam. 
Continuamos as três duplas na frente, mas de um momento para o outra os lideres "chatearam-se" connosco e fizeram um ataque só para ver quem mandava! Nós e a outra dupla, não conseguimos aguentar o ritmo e optamos por seguirmos juntos, também a luta estava entre nós!
A meia da etapa, 55km, decidimos atacar outra vez e desta o ataque resultou. Nós conseguíamos ganhar tempo a descer, pois a outra dupla tinha um atleta que é profissional de estrada e apesar disso até descia bem, mas nós eramos superiores. 
Eis que vinha a parte que mais esperávamos, os últimos 20km. Uso as palavras do meu parceiro para descrever estes km (Ele tem mais jeito que eu nisto):
"Um longo single-track a descer que no inicio serpenteava a montanha com ravinas de cortar a respiração, com breves relances conseguíamos apreciar a paisagem do Vale de Ainsa, a albufeira do rio Cinca albufeira e as montanhas ao fundo. Dava vontade de parar, mas a adrenalina que nos corria nas veias pedia mais velocidade. Não quero imaginar uma queda neste local...como se não bastasse as ravinas, havia partes cheias de pedras que exponenciavam a emoção. Depois desta parte entramos na parte com árvores dos dois lado em que por vezes não passava mais que o guiador da bicicleta. Todas os movimento tinham que ser cirurgicamente calculados porque à velocidade que descíamos não podia haver mesmo falhas. As pedras ''semeadas'' no trilho eram autenticas armadilhas, algumas delas para as evitar só mesmo saltando!
Após 10km ''disto'' chegamos a uma pequena povoação, pensamos nós que agora iria abrandar...nada disso, entramos noutro single-track ainda com mais pedra, ao estilo de Porto de Mós para quem conhece. Um trilho por entre muros com pedra por todo o lado. Mais 3km ''disto''.
No final veio a cereja em cima do bolo, um single-track em pequenos montes de terra em que apenas deixávamos ir a bicicleta e contornando o terreno. Fazia lembrar uma pump-track. Simplesmente divinal.
Foi sem duvida o mais longo, alucinante, perigoso, divertido, exigente e bonito single-track que já fiz em toda a minha vida...e já fiz muita coisa!"
Concluímos a etapa em 2º lugar, recuperando mais uns minutos para a outra dupla. Valeu a pena o ataque!!







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